Grande nome da pintura contemporânea.Pintor e desenhador figurativo abstractizante.Inicia o seu trajecto plástico no desenho e a sua temática foram gente anónima do meio urbano, Alfama, as peixeiras e trabalhadores a preto e branco.
sábado, 13 de agosto de 2011
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Ao Luis Dourdil quando da sua Exposição Retrospectiva na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa-ESBAL
DO TEU FICHEIRO DE IMAGENS
DO TEU SECRETO COFRE
DE MEMÓRIAS
DOURDIL,NERVOSA E
REFLECTIDAMENTE
QUEBRA O SILÊNCIO
TRAZES UMA MÃO CHEIA
DE LUZ SOMBRIA
LARANJA PRATEADA
DE RUMORES CORPOS
SENSUAMENTE DECEPADOS
(CORPOS SÓ ANCAS)
NUVENS DE
MADRUGADA
PRESAS NO MOVIMENTO
ABANDONADO
DOS BOTES DAS FRAGATASDAS TRAINEIRAS
CORPOS DE SOL
CORPOS DE SAL
A PINTURA DOS AVENTAIS
DAS BLUSAS
DAS SAIAS
DOS LENÇOSDAS PEÚGAS
DE ALGODÃO
DOS OLEADOS DAS CANASTRAS
DOS GRITOS
DOS SEGREDOS
E DOS BEIJOS
DO NASCER DO CRESCER E DO MORRER
A ALFAMA ONDE MORAM
AS TUAS VARINAS
PEIXEIRAS
COMO TU DIZES
SÃO ELAS PRÓPRIAS
FEITAS DE BAIRRO
ALICERCE MOVENTE
ARQUITECTURA SEM PAREDES
PORTAS E JANELAS DE TERNURA.
AS TUAS SENHORAS NUAS
DE SENTIMENTOS
VESTIDAS DE HUMANIDADE
DE GESTOS
VERDADEIROS
AUTÊNTICOS
NATURAIS
DE GESTOS-DE GESTOS
OS GESTOS DA TUA PINTURA
OS GRITOS MODULADOS DO
TEU DESENHO NO CÉU CLARO
FORTEMENTE ILUMINADO
DA BEIRA-RIO
DA BEIRA-TEJO
DO RIO Á BEIRA
DA RIBEIRA DE LISBOA.
DEPOIS AS TUAS MÃOS
MÁGICAMENTE
MÁGICA DE CIÊNCIA
E DE SABER- DE- OFÍCIO
DESDOBRAM O
SORTILÉGIO
DO ACONTECER.
MÉTAFISICA DO QUOTIDIANO
BRAÇADAS DE TERNURA
ANÓNIMA
QUE RÁPIDAMENTE
ORGANIZAS
NO LINHO PREPARADO
QUE DESFOLHAS.
-OUTONO SALGADO
MORDIDO DE SOL
INVERNO ILUMINADO
PRIMAVERA
DE MÃOS E ROSTOS
DE PALAVRAS
DE SILÊNCIOS, DE BEIJOS
DE GRITOS SUFOCADOS
DE HÉLICES
DE REDES, DE GAIVOTAS
DE PORTAS, DE REMOS
DE SOMBRAS FRATERNAS
NOS CORPOS QUE SE TOCAM
CONVIVÊNCIA INADIÁVEL
QUE DESLUMBRADO
AGARRAS E REGISTAS
E RESPONDES.
E RESPONDES,REPITO
NESSA SEGUNDA CASA
ONDE CONVIVES COM ESSA OUTRA FAMÍLIA
QUE TU AMAS TANTO
COMO A PRIMEIRA
QUE É A TUA MULHER E O TEU FILHO
ESSA OUTRA FAMÍLIA
QUE É O CHIADO E A BRASILEIRA
AS LIVRARIAS
OS AMIGOS A RUA
DO ALECRIM,QUE DESCES
DESLUMBRADO A PENSAR
NO ENCONTRO FELIZ
INDIMENSIONAL ABSOLUTOCOM O TEU SOL O TEU RIO
RIO DE PEIXES E DE CORPOS
BRUMA SENSUALÍSSIMA
DE PERFIS SEGREDADOS
QUE RISCAS
NUMA CARÍCIA
MEMORIZADA
TERRIVELMENTE ÍNTIMA
DUMA DOLOROSA ALEGRIA
ALEGRIA QUE CONSTRÓIS
PACIENTE
E EXALTADO
RESPONDENDO
AO PORQUÊ?
AO PORQUÊ?
DA ÁRVORE GENEOLÓGICA DA VIDA
Lisboa, 12 de junho de 1975
Escultor prof. Lagoa Henriques
terça-feira, 9 de agosto de 2011
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Recordando o meu pai
O meu pai era um frequentador do Chiado, amava Lisboa e amava o Chiado! Teve um desgosto profundo quando aconteceu o incêndio. A minha mãe costumava dizer que o meu pai passava as férias no Chiado. Aí se realizaram as exposições individuais que fez em vida, na Escola Superior de Belas Artes, Galeria Diário de Noticias e na Galeria Bertrand. Das tertúlias que o meu pai frequentava faziam parte, entre outros, João Hogan, Marcelino Vespeira, Sá Nogueira, Martins Correia, Gil Teixeira Lopes, Rogério Ribeiro, Artur Bual, Júlio Pomar, .... Estes eram os do Chiado; da tertúlia dos Coruchéus faziam parte o Manuel Viana,Vitor Belém, José Cândido, Gracinda Candeias, Isabel Laginhas, Arlindo Vicente, João Vieira, Manuela Pinheiro, Laranjeira Santos...
Luis Fernando: Defino o meu pai como um homem delicado, cortês, discreto, que tinha uma forma de estar na vida muito própria dele, enquanto pintor e enquanto intelectual. Era um autodidacta que estudou profundamente a pintura. Para além do dom inato que pudesse ter, estudou muito a figura humana, os cânones e os tratados acerca da mesma. Como homem e como pintor era extremamente rico. De repente parava na rua e debruçava-se para apanhar uma folha (seca, recordo-me que era dessas que gostava mais, pelas vibrações do colorido que poderiam ter) e dizia-me: "Olha, Luis, que bonita a associação de cores que a Natureza criou nesta folha". Era um homem que essencialmente se prendia à cor, embora tivesse o desenho como a matriz da pintura. Não se pode dizer que tenha pintado pouco; não pintou muito, o que é um pouco diferente. E, se sentia que lhe queriam comprar pintura como quem compra para investir, não vendia. Mas se o iam visitar e manifestavam gosto sincero pelos seus quadros, dizia: "Leve, tenho muito gosto!" ... O meu pai era um sentimental sóbrio e um excelente pai!
domingo, 7 de agosto de 2011
"Sò sinto melhor o espírito dos meus quadros ou desenhos,quando os revejo depois de os ter esquecido." Dourdil
No seu atelier nos Coruchéus o pintor definiu e afirmou um estilo e uma identidade únicas,retratando Lisboa.
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
PINTURA PORTUGUESA SEC XX LUIS DOURDIL
"Nunca fui um paisagista. Parti sempre da forma real, mas só me interessei de facto pela figura humana. parece que apenas nela encontro a beleza e a tragédia ou as partes articuláveis de uma nova ordem, um dinamismo interno - a pintura antes de tudo."
Luís Dourdil
desenho.
O desenho foi a sua matriz ao longo da vida.
"O seu desenho tem uma leveza e,ao mesmo tempo uma força que marcam a personalidade do artista"
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Parte II - Pintura Mural Café Império
"Dourdil criou esta Obra Monumental cerca de 50m2 figurativa, pástica, cor harmoniosa, sóbria"...
Adriano de Gusmão
As Varinas da Lota de Lisboa de Luis Dourdil
"Varinas na lota" Óleo s/Tela Luís Dourdil colecção particular.
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“São mulheres de uma elegância que me fez parar muitas vezes para admirá-las. No grupo em que estava, fotografámo-las e pusemos na nossa mesa de refeição, a bordo, os retratos”.
Albert Einstein.
Einstein na sua curta estadia em solo português 11 de Março de 1925.
“Vendedora de peixe fotografada com um cesto de peixe na cabeça, gesto orgulhoso, maroto”
Exposições Individuais / Exposições Colectivas
"Preciso de parar constantemente de pintar para poder proporcionar e receber as sugestões que o quadro me vai dando à medida que nele avanço"
Luis Dourdil
"Esta é a homenagem que Lisboa presta a Dourdil"...Dr.João Soares 2001
Foi na vivência quotidiana,que o pintor se inspirou para o retrato emocional dos habitantes da cidade.
AFRESCO/PINTURA MURAL- 1945 de LUIS DOURDIL
Mural de 25 m2 realizada no hall do Laboratório Sanitas e transporto para o Museu da Farmácia/ANF Lisboa
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