quarta-feira, 28 de junho de 2017

Centro de Arte Manuel Brito - CAMB

Colecção Manuel de Brito


O Centro de Arte alberga a Colecção Manuel de Brito. Este riquíssimo acervo, fruto do trabalho, empenho e dedicação de Manuel de Brito e de sua família, constitui um dos mais importantes núcleos da arte portuguesa do século XX, contando já com importantes referências da produção artística mais actual.

Com efeito, este acervo conta com mais de trezentas obras, de alguns dos mais importantes artistas nacionais.


Tendo por base de trabalho as obras protocoladas o Centro tem levado a cabo um programa expositivo assente em núcleos temáticos de carácter temporário que visam dar a conhecer a Colecção partindo de uma abordagem histórica e um programa de actividades conexas de carácter lúdico e educativo no âmbito do projecto de Serviço Educativo e de Animação do CAMB

 Aqui ;http://camb.cm-oeiras.pt/default.aspx?pg=8758d2a6-0c59-43ab-88c8-197297d0d247




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                                                       Luís Dourdil Colecção Manuel Brito


Esta colecção foi feita ao longo de 40 anos com a disponibilidade económica possível, procurando dignificar sobretudo os artistas portugueses e ajudar a criar a memória de uma época. A Colecção Manuel de Brito está ligada intrinsecamente ao projecto da Galeria 111.
A Galeria 111 iniciou a sua actividade no dia 3 de Fevereiro de 1964. Quando a pequena sala, com as três paredes revestidas de serapilheira e um banco ao longo da montra, anexa à livraria especializada em livros universitários, abriu as portas as suas perspectivas comerciais eram poucas. Sem museus ou centros institucionais dedicados à arte contemporânea, sem mercado e sem espírito de coleccionismo, as galerias de arte simplesmente não tinham razão de existir, ou, se existiam, a sua vida era muito curta.
Neste ano de 1964, a Pop Art apareceu em força na Bienal de Veneza com Robert Rauschenberg, Jim Dine e Claus Oldenberg. Rauschenberg recebeu o grande prémio da Bienal. Em Kassell a Documenta III abriu com o lema Qualidade, não Quantidade. O centro da arte internacional mudara-se de Paris para Nova Iorque.
E o que se fazia em Portugal nestes tempos de tanta agitação? Vivia-se um clima de grande repressão política, com a juventude a partir para as guerras de África. A contestação universitária mantinha-se depois das greves académicas de 1962. A PIDE estava activa e vigilante. A livraria foi visitada pelos seus agentes regularmente desde a sua abertura em 1959 até Abril de 1974.
Na livraria, ainda antes da galeria abrir, já se mostravam as peças da Rosa Ramalho. Na galeria pretendia-se mostrar as obras de artistas jovens que nunca tinham exposto. No primeiro ano expuseram, pela primeira vez, Joaquim Bravo, Álvaro Lapa, António Palolo, Santa Bárbara e António Sena.
Vivia-se num clima de amadorismo, o catálogo era executado em duplicador e impresso em papel de embrulho. Os quadros não se vendiam. Os coleccionadores desta época eram poucos e só compravam artistas de nome feito, não estando interessados nos jovens talentos. Instituições e museus compradores também não havia.
Muito lentamente vai-se construindo um mercado tendo em conta a cumplicidade entre os artistas e a galeria. Como a galeria está situada junto à Cidade Universitária, por ela passaram centenas de alunos de Letras, Direito e Medicina que de simples observadores, com o passar dos anos, se tornaram compradores.
A galeria, sempre ligada à livraria, só vai atingir o estatuto profissional quando Jorge de Brito se torna o maior coleccionador português. A primeira transacção importante foi a venda dos quadros do Grupo do Leão, pertencentes a Francisco Ramos da Costa, então exilado em Paris. A partir daí realizaram-se inúmeras aquisições de obras de arte portuguesa e estrangeira em todo o mundo. Abriram-se as portas do mercado internacional e a galeria passou a ser conhecida.
A galeria deu apoio à Arte Portuguesa no estrangeiro, não só adquirindo e fazendo entrar no país a produção de artistas nacionais radicados no exterior, como ajudando a difundir a sua obra em galerias e editoras internacionais.
Colaborou activamente na divulgação da arte portuguesa cedendo grande número de obras do seu acervo para as mais importantes exposições realizadas em Portugal e no estrangeiro organizadas pelo Ministério da Cultura, Ministério dos Negócios Estrangeiros, Fundação Calouste Gulbenkian, Sociedade Nacional de Belas Artes, Museus e Instituições Culturais.
Entre os factos mais importantes a aquisição dos frescos de Almada Negreiros que se encontravam em vias de destruição no Cine San Carlos, em Madrid, e de duas enormes pinturas de Vieira da Silva, a partir das quais se fizeram as tapeçarias para a Universidade de Basileia e que agora se encontram no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian.
A partir de 1971 estendeu a sua actividade ao Porto com a fundação da Galeria Zen. Após grandes obras de restauro, reabriu em 1996 com a designação Galeria 111 Porto.
Sempre participou nas principais feiras de Arte, desde a primeira MARCA MADEIRA, em 1987, até à Arte Lisboa de 2006. Em Madrid participou na ARCO desde 1986 e em Paris na FIAC.
Em Macau foram realizadas importantes exposições inicialmente no Museu Luís de Camões a partir de 1981 e depois na galeria de exposições temporárias do Leal Senado – Júlio Pomar, Ana Vidigal, Eduardo Luiz, Paula Rego, Menez, António Dacosta e “Geração XXI”, de 1989 a 2002. Graça Morais expôs em 1990, no Pavilhão do Jardim Lou Lim Ioc, numa iniciativa do Instituto Cultural de Macau. Em Pequim, em 1995, organizou-se a exposição Artistas Portugueses, na Casa do Povo na Cidade Proibida, no âmbito da visita do Presidente Mário Soares à China. Em 2000, realizou-se uma exposição de Júlio Pomar no Centro de Arte Contemporânea de Macau, a convite da Fundação Oriente. Esta exposição foi apresentada também na Galeria Nacional em Pequim, em 2001.
Em Dublin, em 1999, organizou-se a exposição Five Portuguese Women (Menez, Paula Rego, Graça Morais, Ana Vidigal e Fátima Mendonça) na galeria do Guinness Hopstore, quando da visita do Presidente Jorge Sampaio à Irlanda.
Em Espanha organizou-se, em 1989, a exposição Portugal Hoy – 30 Pintores no Centro Cultural Conde Duque em Madrid. Em 1992, Pintura y Grabado Portugueses Contemporáneos na Universidad Hispano Americana Santa Maria de la Rábida, em Huelva e, em 2000, Diez Artistas Portugueses Contemporáneos – Colección Manuel de Brito no Museo de la Ciudad, em Madrid.
Em 1994, no âmbito de Lisboa - Capital Europeia da Cultura foi organizada a exposição Colecção Manuel de Brito – Imagens da Arte Portuguesa do Século XX no Museu do Chiado. Esta exposição foi posteriormente apresentada em 1995 em Macau, na Galeria do Forum, a convite do Leal Senado, no MASP em São Paulo e no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
Ao longo dos anos, como sempre existiu uma grande cumplicidade com os artistas, houve sempre a preocupação de guardar as peças mais significativas de cada fase. Assim se foi construindo a colecção. Estão representados praticamente todos os artistas que expuseram na galeria. Destacam-se os núcleos mais significativos de obras dos artistas Eduardo Batarda, António Dacosta, José Escada, Eduardo Luiz, Jorge Martins, Menez, Graça Morais, António Palolo, Costa Pinheiro, Júlio Pomar, Paula Rego, Ana Vidigal e Fátima Mendonça.



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                               Centro de ArteManuel Brito - CAMB  
Palácio Anjos Algés - Alameda Hermano Patrone, 1495-064 Algés 

 Aqui;   http://111.pt/galeria/

A colecção abrange obras de 1914 até à actualidade. Começa com dois trabalhos de Amadeo de Sousa-Cardoso, a que se seguem Francis Smith, Eduardo Viana, os baixo-relevos de Almada Negreiros, provenientes do Cine San Carlos de Madrid, António Soares, Jorge Barradas, Milly Possoz, Abel Manta, Carlos Botelho, Máro Eloy, António Pedro, Cândido da Costa Pinto, Mário Dionísio, Mário Henrique Leiria, Carlos Calvet, Maria Helena Vieira da Silva, Dordio Gomes, Augusto Gomes, Joaquim Rodrigo, Luís Dourdil, João Hogan, Vasco Costa, Nadir Afonso, Júlio Resende, Rolando Sá Nogueira, António Charrua, Marcelino Vespeira, Rogério Ribeiro, Bartolomeu dos Santos, Nikias Skapinakis, Eurico Gonçalves, António Quadros, Cruzeiro Seixas, Mário Cesariny, António Areal, João Abel Manta, Lourdes de Castro, João Vieira, René Bértholo, Joaquim Bravo, José Rodrigues, Manuel Baptista, Ângelo de Sousa, Álvaro Lapa, Espiga Pinto, Jorge Pinheiro, Gonçalo Duarte, Henrique Ruivo, Eduardo Nery, José de Guimarães, Noronha da Costa, Victor Fortes, Jacinto Luís, Pedro Avelar, Carlos Carreiro, Fátima Vaz, Guilherme Parente, Fernando Direito, David de Almeida, Lisa Santos Silva, Fernando Calhau, Julião Sarmento, Ruy Leitão, João Penalva, Pedro Cabrita Reis, Pedro Calapez, Xana, Ilda David’, Miguel Rebelo, Urbano, Rui Sanches, José Pedro Croft, Rui Chafes, Miguel Palma, Miguel Telles da Gama, Isabelle Faria, João Leonardo, João Pedro Vale, Joana Salvador, Joana Vasconcelos, João Pedro Vale, João Leonardo e Francisco Vidal.


                                                       





                           

quinta-feira, 15 de junho de 2017

O Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso, instalado no Convento Dominicano de São Gonçalo, foi fundado em 1947, por Albano Sardoeira, visando reunir materiais respeitantes à história local e lembrar artistas e escritores nascidos em Amarante: António Carneiro, Amadeo de Souza-Cardoso, Acácio Lino, Manuel Monterroso, Paulino António Cabral, Teixeira de Pascoaes, Augusto Casimiro, Alfredo Brochado, Ilídio Sardoeira, Agustina Bessa Luís, Alexandre Pinheiro Torres e um observatório de curiosidades à moda oitocentista.

Òleo s/Tela de Luís Dourdil  colecção do 
Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso

Pretendendo manter a lembrança do seu núcleo inicial e das suas colecções, com maior ênfase para a Arqueologia, a sua principal vocação é, porém, a Arte Portuguesa Moderna e Contemporânea, nomeadamente a pintura e a escultura.

Para além da exposição permanente e visando até suprir algumas das lacunas, o Museu organiza exposições temporárias, temáticas, ou monográficas, que se servem do seu acervo e das coleções oficiais ou mostram obras de artistas em atividade.

O Museu organiza o Prémio Amadeo de Souza-Cardoso, de caráter bienal, abrangendo as várias expressões artísticas e com duas distinções em separado: uma incluída no concurso e outra de consagração (carreira).




Memórias de Exposições Casa da Cerca Almada - 2009


Gravar e Multiplicar - Exposição
A Casa da Cerca Centro de Arte Contemporânea expõe mais de uma centena de gravuras nacionais e internacionais pertencentes à colecção do Centro de Arte Moderna, da Fundação Calouste Gulbenkian. 

Cobrindo sobretudo os últimos 50 anos do século XX, a exposição pretende mostrar a grande diversidade de técnicas e de possibilidades plásticas da gravura. Com o comissariado científico de António Canau, artista plástico com formação em gravura na Slade School de Londres, a mostra reúne obras de Alice Jorge, Almada Negreiros, Bartolomeu Cid dos Santos, Carlos Botelho, Cipriano Dourado, David de Almeida, Eduardo Nery, Emília Nadal, Escher, Fernand Léger, Fernando Calhau, Henry Matisse, Henry Moore, Horst Antes, Jacek Gaj, Jasper Jacques Villon, João Hogan, John Hoyland, Jorge Martins, Jorge Vieira, Júlio Pomar, Karen Appel, Karl Schmidt-Rottluff, Lourdes de Castro, Luís Dourdil, Man Ray, Maria Beatriz, Maria Gabriel, Mário Botas, Max Ernst, Mily Possoz, Niki de Saint-Phalle, Nikias Skapinakis, Oskar Kokoscha, Otto Müller, Paula Rego, Richard Hamilton, Rogério Ribeiro, Sérgio Pinhão, Sonia Delaunay, Tony Craggs e Vieira da Silva.


Litografia de Luis Dourdil ano de 1984 - Centro de Arte Moderna, da Fundação Calouste Gulbenkian.