terça-feira, 21 de março de 2017

CASA DA CERCA /2002/ LUIS DOURDIL/MEMÓRIAS

Casa da Cerca
Centro de Arte Contemporânea Ano de 2002



"Desde a monumentalíssima e tão belamente ritmada composição, executada a têmpera na grande tradição do "fresco", Café Império, 


até as pinturas bem menores ou simples desenhos, 









Dourdil foi ritualizando como uma espécie de "promenade" do espectáculo da vida com seres do acaso,"motards", jovens apaixonados, vagabundos, vultos; 





ou o outro lado da vida, a inteireza de um corpo de peixeira na sua ortogonalidade sensual, diálogos
sussurrados, de vendedeiras de mercado, belas como estátuas...



Nenhum destes corpos perde alguma vez a majestade da atitude,uma espécie de dignidade clássica que confere o respeito à representação. 
É este acerto, raro neste tempo em Portugal -só Almada o conseguiu- que surpreende e dá a toda a obra de Dourdil uma excepcional presença no contexto português".

Fernando Azevedo Março de 2001
In Luis Dourdil-Exp. de Pintura e Desenho:Palácio Galveias





Homenageando o desenhador e pintor Luís Dourdil, a exposição realizada em 2002,  "O Lápis como Instrumento soberano" contou com dois grandes núcleos: um de desenho (Galeria Principal) e outro de pintura (Galeria do Pátio). Pretendeu-se assim dar a ver a relação de complementaridade existente entre as duas linguagens preferenciais do autor, o modo como a pintura se libertava do desenho e o modo como o desenho se assumia como linguagem sintética, reduzindo-se ao essencial, depurando-se em traços quase reduzidos a uma sugestão formal. Além de uma breve antologia, o catálogo conta com textos inéditos de;
Ana Isabel Ribeiro, Ana Ruivo e Rogério Ribeiro. 
Coordenação geral: Ana Isabel Ribeiro.

PINTURA PORTUGUESA SEC.XX

 "A figura humana é o pretexto de todas as composições de Luis Dourdil, de picturalidade serena e sensível, respeitadora da superfície do suporte.
Os espaços cheios e os vazios são tratados com igual cuidado; a cor apresenta-se em planos paralelos ao plano da tela,escalonando-se em profundidade,num rigor visual que a torna mais complexa e melhor adaptada ás inflexões da sua sensibilidade, no jogo subtil de transparências que se equilibra com a procura de luminosidade."
Rui Mário Gonçalves in 100 Pintores Portugueses do Século XX




Óleo S/Tela 100 X 127  Ano - 1986  de Luis Dourdil

 colecção particular© All rights reserved

segunda-feira, 20 de março de 2017

"ARTES PLÁSTICAS"


"Dourdil com a sua escala de neutros, trai o natural pendor
da sua sensibilidade, fina, recolhida, murmurando discretas harmonias, apenas decifráveis a um repetido e alerta olhar.
Há, azuis energéticos, ocres intensos.rosas desmaiados, terras aveludadas e surdas.
Verdes líquidos e brônzeo...o vermelho fácil, estridente e oratório não entra nesta seleccionada gama.
Mas há brancos de inesperada riqueza cromática e descobrem-se aparentes transparências.
Pintura e desenho irmanam-se e equiparam-se.
O artista não obedece a preceitos. Soberba conquista de quem sabe estar sinceramente implantado na Vida e na Arte e, dominando o métier.
Esse comportamento é, um acto ético,como ética tem sido a sua conduta de artista, sem impaciências nem «pressas»..." 

Adriano Gusmão in Ensaios de Arte e Crítica







  "Fase das Varinas"
Óleo de Luis Dourdil colecção particular

© All rights reserved


PINTURA E DESENHO


Considerado um autor com uma linha pictórica extremamente personalizada, Luís Dourdil fixou nas suas telas, desenhos e Murais,acontecimentos artísticos e políticos de grande veemência.


António José Brás in Visão Abril 2001








Óleo de Luís Dourdil - Colecção Millenium BCP
Ano-1981 - 84 X 140

PINTURA E DESENHO


"O fluir da vida cultural deve ser conhecido se queremos entender alguma coisa da acção das protagonistas

Para o situar na sua geração, vale a pena lembrar os nomes de alguns pintores portugueses que nasceram nessa década: Álvaro Perdigão, Manuel Filipe, Manuel Ribeiro Pavia, Estrela Faria, Augusto Gomes, José de Lemos, Paulo Ferreira,Cândido da Costa Pinto, Magalhães Filho, Guilherme Camarinha, Manuel Lapa, António Dacosta, João Navarro Hogan, Luís Dourdil, Maria Keil, Júlio Resende. Joaquim Rodrigo e José Júlio, nascidos também na mesma década,vieram a revelar-se pintores, mais tarde do que os outros.É um conjunto de artistas que fazem charneira entre a geração de Botelho, Eloy, Júlio, Alvarez, e a geração de Pomar, Lanhas, Vespeira e Fernando de Azevedo. Vieira da Silva era ainda muito pouco conhecida, por viver fora de Portugal (...)
Rui Mário Gonçalves



Luís Dourdil 
Óleo s/Tela de 127 X 75 - ano 1977
Col. Secretaria de Estado da Cultura, em depósito na Fundação de Serralves - Museu de Arte Contemporânea, Porto.http://www.serralves.pt/pt/museu/a-colecao/obras-e-artistas/?l=D 


"Fase dos jovens Motards" de Luís Dourdil
Colecção particular.
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Óleo s/Tela de 1988 112 X 85 de 1988 Luís Dourdil
Colecção particular.
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