segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

LUIS DOURDIL EXPO.DIA 12 DE FEV. SNBA 18H - DIA 13 DE MAR. DE 2015

Sociedade Nacional de Belas Artes.
Exposição Individual no âmbito das comemorações do Centenário do Nascimento do Pintor Luís Dourdil .
"Beleza e tragédia em Luís Dourdil", aborda a obra do artista sob o ângulo da produção plástica, com especial enfoque para obras que, de alguma maneira, mais se identificam com a componente ensino/aprendizagem.
Nesta mostra pode também valorizar-se o percurso do pintor no momento em que se distancia da aspereza do expressionismo e se coloca no quadro da memória entre cantos e desencantos.
Ainda no âmbito das comemorações, e até 8 de Novembro deste ano, vai ser ainda possível visitar as exposições,
"Diálogos a Carvão", patente no Café Império até 
final de Agosto, Arte e Ciência em Luís Dourdil, a inaugurar em Março no Museu da Farmácia, e "Sem Anos de Dourdil", a abrir as portas em Julho nos Paços do Concelho.
http://www.agendalx.pt/e…/beleza-e-tragedia-em-luis-dourdil…


LUIS DOURDIL VISTO POR RUI MÁRIO GONÇALVES





"Na pintura, um dos elementos fundamentais é a cor A relação formal entre as massas coloridas presentes em uma obra constitui sua estrutura básica, guiando o olhar do espectador e propondo-lhe sensações de calor, frio, profundidade, sombra, entre outros. Estas relações estão implícitas na maior parte das obras de ‪LuisDourdil.

"(...)Nos seus quadros ricos de transparência,sente-se uma passagem perfeita dos primeiros aos últimos planos, e atinge-se o acordo entre a figura humana e a envolvência atmosférica numa harmonia tão íntima num equilíbrio tão justo,que deixa de ser necessário o contorno que individualiza a figura,para que seja amortecido o rigor do contacto entre o sólido e o fluído.
Começou a mostrar as suas pinturas ao tempo em que Frederico George e Maria Keil o faziam também.Mas os seus primeiros camaradas deixaram há muito de aparecer só Dourdil continua.
Por isso,muitas vezes tenho pensado que no plano estético, ele é o único sobrevivente da sua geração".
RUI MÁRIO GONÇALVES Fundão,9 de Dezembro de 1962

"VARINAS DE LISBOA" PALÁCIO PIMENTA MUSEU DE LISBOA - DOURDIL REPRESENTADO





Crayon S/ Papel 80 X 57" Varinas de Lisboa" de Luís Dourdil Colecção C.M.L.

De 31 de Janeiro até 24 de Maio - 2015, vai estar patente no Pavilhão Preto do Museu de Lisboa-Palácio Pimenta, uma recolha de representações artísticas em torno da figura icónica da varina. Uma homenagem mais do que devida a um grupo de mulheres cuja imagem se vem a confundir com a da própria cidade.
Museu de Lisboa | Palácio Pimenta
Campo Grande, 245
Ter a dom: 10h00-13h00/14h00-18h00
Entrada Livre


DOURDIL NO CAM - /COLECTIVA "ARSHILE GORKY E A COLECÇÃO ATÉ 31 de MAIO DE 2015

Luís Dourdil _ representado nesta colectiva no ano do seu 
Centenário_______________ Visitem até Maio.
"Arshile Gorky e a Colecção"
Curadoria: Isabel Carlos, Ana Vasconcelos, Leonor Nazaré e Patrícia Rosas 
CAM - Galeria 01
5 de Junho 2014 a 31 de Maio de 2015
Artistas representados:
Amadeo de Souza-Cardoso, Ana Vidigal, António Areal, António Palolo, António Pedro, Arpad Szenes, Arshile Gorky, Artur Cruzeiro Seixas, Aureliano Lima, Cândido Costa Pinto, Carlos Calvet, Eduardo Viana, Ervand Kotchar, Fernand Léger, Fernanda Fragateiro, Fernando Calhau, Fernando de Azevedo, Fernando Lemos, Franz Kupka, João Charters de Almeida, João Cutileiro, Jorge Barradas, Jorge Vieira, José de Almada Negreiros, Júlio dos Reis Pereira, Júlio Pomar, ‪‎LuísDourdil‬, Mário Eloy, MarcelinoVespeira
Maria Helena Vieira da Silva, Mário Cesariny, Mário Henrique Leiria, Menez, Odetto Guersoni, Paula Rego, Roger Bissière, Ruy Leitão.
http://cam.gulbenkian.pt/index.php?article=72676&visual=2&lang2

TERTÚLIAS 2014/2015 "RECUPERAR A MEMÓRIA DE LUIS DOURDIL"

Recordando os acontecimentos já realizados, no âmbito do centenário do pintor.Realizou-se Café Império, no dia 22/11/2014, uma Tertúlia no âmbito do Centenário do Pintor Luís Dourdil com o tema "Recuperar a Memória", com a presença dos investigadores Dr.Pedro Flor, Dr.Joaquim Caetano, Dra Dulcina Carvalho, Dra Teresa Bispo, o pintor José Brito e o  Dr. Luís Fernando Dourdil (filho do pintor).



LUIS DOURDIL NO PORTO NO ANO DO SEU CENTENÁRIO/COLECTIVA



No Porto, Exposição “Last but not least…” / Galeria 111
A Galeria 111 tem, ao longo dos seus 50 anos de existência, vindo a pautar pela dinâmica artística com exposições constantes e cativantes.

"(...) A Galeria propõe terminar o ano com uma exposição em que estão presentes os nomes maiores, diríamos ainda mais imensos, gigantes, incontornáveis, da pintura portuguesa como Vieira da Silva, João Hogan, Luís Dourdil, António Dacosta, Júlio Resende, Sá Nogueira, António Charrua, Júlio Pomar, Nikias Skapinakis, Bartolomeu, Menez, Paula Rego, Lourdes Castro, Costa Pinheiro, João Vieira, René Bertholo, José de Guimarães, Álvaro Lapa, Noronha da Costa, Jorge Martins, António Palolo ou Graça Morais. 
Cremos que depois de ler os nomes entenderá que não é exagero nosso o número palavras escritas para os descrever.


"Acrescenta-se a importância de, este ano, se comemorar o centenário do nascimento de João Hogan, Luís Dourdil e António Dacosta, artistas que expuseram na Galeria 111. E depois de vos dizermos os nomes que vão estar expostos, só nos falta dizer que a exposição colectiva inaugura no próximo dia 8 de Novembro, às 16h00, com o título “Last but not least…” 
Esta exposição estará patente ao público até dia 31 de Dezembro e é imperdível. Horários da Galeria – terça a sexta das 10h00-12h30 e das 15h00-19h30; segunda e sábado das 15h00-19h30.


LUIS DOURDIL EM TORRES VEDRAS NO ANO DO SEU CENTENÁRIO/COLECTIVA

Arte abstracta em exposição em Torres Vedras.
Luis Dourdil,Vieira da Silva, Arpad, Paula Rego e outros protagonistas do abstraccionismo em Torres Vedras na Galeria Municipal de Torres Vedras desde 07/10 2014 até 17 de Janeiro de 2015.


39 obras dos criadores como Maria Helena Vieira da Silva, Arpad Szenes, Manessier, Serge Poliakof, André Lankskoy, Mário Cesariny, Paula Rego, António Areal, Júlio Resende, Teresa Magalhães, Menez, Augusto Barros, Luis Dourdil, Justino Alves, Nikias Skapinakis, Manuel D´Assumpção, Nadir Afonso, António Palolo, Ângelo de Sousa, Jorge Pinheiro, Eduardo Batarda e Fernando Lemos.
#http://www.ionline.pt/…/vieira-da-silva-arpad-paula-rego-ou…#


"Através da partilha do seu património e alargando a sua Colecção de pintura a novos olhares e novos públicos, o Millennium BCP visa contribuir para o enriquecimento cultural do país e da região", refere nota de imprensa.

MURAL DO CAFÉ IMPÉRIO E OS DOIS OVOS AO FIM DA TARDE DE LUIS DOURDIL

Fragmentos da pintura mural


"Sem ovos nada feito" __ Revista Time Out Lisboa recorda o restauro do mural de Luís Dourdil no Café Império em Lisboa,no âmbito do Centenário do pintor.

" Sem ovos nada feito" ____ vem recordar e dar a conhecer aos mais jovens, que o pintor realizou esta obra com têmpera a gema de ovo.
para sorrirem com um pouco da história :
(...)
-Perdoe Vossa Excelência:gostaria de confessar uma curiosidade.
-Estou a ouvi-lo
-Bom o caso é este:os ovos,os dois ovos diários. não são para o senhor comer,não são para ninguém comer, pois foi o senhor a dizê-lo;então para que servem?
-Muito simples: para pintar.
O logista recuou,varado pela zombaria...,apontou o dedo trémulo...
-Diz Vossa Excelência que são para pintar.Tem graça.Carradas de graça.Para pintar de amarelo, bem entendido.
-De azul.Ou de violeta,vermelho,negro.-E após ter sublinhado uma pausa,falando espaçadamente e com uma deslavada
inocência:-Mas às vezes também de amarelo,de facto.
Olhando à roda,não fosse alguém reparar no diálogo,o logista retorquiu,sem já moderar o sarcasmo:
De azul , de preto, de violeta.Pintando!
-Com ovos
-O senhor, o senhor!-Estava prestes a pôr de banda todo o resguardo nas suas reacções. Estava.Estava preste a esquecer,pela primeira vez na vida,
que um cliente é um cliente.Mesmo sendo tonto ou lunático.Ou provocador.-Mas pintar aonde?
-Numa parede.No fundo da Alameda.Naquelas obras ao lado do Cinema.
-Ao lado do...No fundo da Alameda.
Há um tapume, nessas obras.
-Mas isso é um café.
Vai ser Grande.O maior de Lisboa.
-A pintar.
-Com ovos,sim.O senhor pode ir lá ver.
-E vou .Quando?
-Quando quiser. Agora.Agora mesmo.
O logista ainda incrédulo disse e poderei ir depois de fechar a charcutaria?
-Claro que pode agora já sabe o sitio.
-Então lá estarei.
O homem divertido,foi saboreando a conversa ao longo da rua.Chegou à Alameda sem dar por isso.Começou a preparar a emulsão no almofariz.Aquilo servido numa travessa passaria por maionese.De um lado .a gema de ovo misturada com o óleo de linhaça;do outro o friso de latas com os pigmentos.Como estes eram uma poeira seca,aderiam ao pincel molhado na emulsão.Nada de colas.Estudara a técnica com todo o vagar.Lera alfarrábios,fizera experiências.A gema de ovo fora até ao século XVI um dos veículos das tintas.Os antigos não eram tolos.Para eles a arte começava na oficina. Interessara-lhes a gema de ovo, cuja albumina ligava perfeitamente a água ao óleo.Pintura com séculos de confirmação, resistindo às maiores usuras. Tinha.Tinha de resultar.Mas quanto fizera sofrer o pobre logista!Exagerara.Sem premeditação,é certo empurrado pelas circunstâncias,pelos espantos,pelos tais laconismos.No entanto, talvez o enigma tivesse agitado a monotonia daquele viver.Batiam à porta, devia ser ele.Disse para o ajudante:
-Vai abrir que certamente de é o senhor dos ovos.
-Procuro uma pessoa que pinta aí nas obras...,sentiu-se engolido por um túnel de surpresas:andaimes,o esgazeamento
de luzes crua.Não viu logo o seu cliente,porque este sumia-se no poleiro de cavaletes. Mas.Mas de lá lhe chegou uma voz familiar:
-Trepe a essa mesa é mais fácil.
Levantou a cabeça para o alto,na direcção das lâmpadas que tinham o feitio de olhos de rã.Uma vasta parede de cal e areia, por onde progredia,uma labareda de cores,a incendiar os esboços de carvão,representando pessoas com o ar extasiado de quem aguarda um cometa no céu.céu. Ei-los,os vermelhos,os azuis,,os amarelos.Aceitou a mão que o ajudava.O cliente vestia um fato de macaco e,na face encovada,ondeava a magia das sombras.
-Repare-dizia-lhe o pintor,numa inflexão paciente e bem humorada-,repare nesse almofariz.E nas cascas dos ovos.É assim que se fáz a mistura.Um pouco de pó vermelho e aí temos o pincel a fazer das suas.
O visitante permanece silencioso.Esforça-se por recuperar a sua personalidade de logista...
-Razão tinha Vossa Excelência.Dois ovos por dia,claro.Não precisava de mais.Desculpe ter duvidado.Confesso que ainda me sinto confuso.Vender ovos para alguém pintar!-Apoiou-se no estrado,fitando o cliente com serena admiração : -Tenho a honra de estar falando com...

-Luis Dourdil,pintor.
-Agradecido a Vossa Excelência
O pior é que a minha mulher não vai acreditar.
- Resposta a Matilde- de Fernando Namora "DOIS OVOS AO FIM DA TARDE" conto verídico sobre Luis Dourdil_