Adriano Gusmão in Ensaios de Arte e Crítica
"Dourdil com a sua escala de neutros,trai o natural pendor
da sua sensibilidade,fina,recolhida,murmurando discretas harmonias,apenas decifráveis a um repetido e alerta olhar.Há, azuis energéticos, ocres intensos.rosas desmaiados,terras aveludadas e surdas.Verdes líquidos e brônzeo...o vermelho fácil,estridente e oratório não entra nesta seleccionada gama.Mas há brancos de inesperada riqueza cromática e descobrem-se aparentes transparências. Pintura e desenho irmanam-se e equiparam-se. O artista não obedece a preceitos. Soberba conquista de quem sabe estar sinceramente implantado na Vida e na Arte e,dominando o métier. Esse comportamento é, um acto ético,como ética tem sido a sua conduta de artista, sem impaciências nem «pressas»..."
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