De cada vez que rompe o seu próprio limite, antigo nas contenções e no equilíbrio da beleza, Dourdil apenas apaga sinais supérfluos, nunca essa memória densa de personagens semi-encobertas que nos revela há dezenas de anos, nem esse modo de fazer displiscente e lírico,nem essa fidelidade a uma caligrafia pela qual simultâneamente nega e torna visível a ficção das coisas. Esse constante retorno a si mesmo, desde a serena tranlucidez da pintura mural às cronicas dos encontros sobre a relva, empurra o autor pela boca dos analistas intensamente atentos à moda dos modos, para um espaço restrito dos estilos mais ou menos académicos - buraco negro da historia da arte actual portuguesa onde se encobrem nomes e obras...
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Rocha de Sousa Abril 1986
In Cat. da Exp.da Livraria Bertrand
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