"Numa tarde soalheira, vou atelier do Luís Dourdil e...fui mesmo a tempo de o meu amigo não destruir o quadro que faltava pouco para acabar!
Oh Dourdil não faça isso!
- Acha? Não se aproveita nada!
Olhe a mim até me apetecia pintá-lo, está mesmo «apetitoso»!
Deixei o seu atelier com ele cheio de dúvidas...eis senão quando, vem com o quadro e diz:
- Gracinda acabe o quadro!
Posso? Claro!
E foi-se embora...
Fiquei com a responsabilidade de não apagar as suas primeiras manchas e fiz quase uma urdidura...
Chamei-o para mostrar o resultado, GOSTOU TANTO, que lhe ofereci!
Quando fui a sua casa, lá estava o quadro em grande destaque na sala, e eu fiquei toda vaidosa... e dizíamos "O NOSSO QUADRO PINTADO A QUATRO MÃOS"!
Assim era a nossa amizade e cumplicidade!
Gracinda Candeias
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