Grande nome da pintura contemporânea.Pintor e desenhador figurativo abstractizante.Inicia o seu trajecto plástico no desenho e a sua temática foram gente anónima do meio urbano, Alfama, as peixeiras e trabalhadores a preto e branco.
sábado, 7 de abril de 2012
Luis Dourdil-Pintores Portugueses do Século XX e a análise da sua obra pelos críticos de arte
"Apesar da sua personalidade discreta,Luis Dourdil não deixou de exercer um continuado protagonismo na estagnada cena artistica nacional da primeira metade do século,sendo mesmo um dos principais nomes que,vindos dos anos 30,conseguiram projectar com sentido de sobrevivência a sua obra nas décadas seguintes...
Dourdil elege os temas que servirão para dar continuidade a um trabalho feito com a convicção de quem descobrira a força da autenticidade e a prevalência de valores como a coerência.Na constância do seu trabalho são observáveis transformações que não representam mais que o normal fluir de uma linguagem.Grupos humanos surpreendidos nos transportes públicos,no limiar de uma viagem que nunca acaba,porque todos os dias recomeça.Jovens ociosos,envolvendo-se em abraços que parecem fundir os corpos...
Dourdil conquistara a serenidade dos espiritos livres.Era finalmente um Mestre."
- António Bacalhau in Catálogo da Galeria 111-Luis Dourdil Pintura E Desenho/ Setembro de 1991.
quinta-feira, 5 de abril de 2012
Luis Dourdil-Pintores Portugueses do Século XX
Na pintura, um dos elementos fundamentais é a cor A relação formal entre as massas coloridas presentes em uma obra constitui sua estrutura básica, guiando o olhar do espectador e propondo-lhe sensações de calor, frio, profundidade, sombra, entre outros. Estas relações estão implícitas na maior parte das obras de Luís Dourdil.
"(...)Nos seus quadros ricos de transparência,sente-se uma passagem perfeita dos primeiros aos últimos planos, e atinge-se o acordo entre a figura humana e a envolvência atmosférica numa harmonia tão íntima num equilíbrio tão justo,que deixa de ser necessário o contorno que individualiza a figura,para que seja amortecido o rigor do contacto entre o sólido e o fluído.
Começou a mostrar as suas pinturas ao tempo em que Frederico George e Maria Keil o faziam também.Mas os seus primeiros camaradas deixaram há muito de aparecer só Dourdil continua.Por isso,muitas vezes tenho pensado que no plano estético, ele é o único sobrevivente da sua geração".
RUI MÁRIO GONÇALVES IN Fundão,9 de Dezembro de 1962
terça-feira, 3 de abril de 2012
Luis Dourdil-Pintores Portugueses do Século XX e a análise da sua obra pelos críticos de arte
(...) Fomos amigos de longa data e de feliz convivência.Dourdil era alguém sem constrangimentos de convívio e o seu abraço ou fala ou modo de sorrir eram, tão imediatamente acolhedores!Modesto,quanto à criação da sua obra era um pintor que embora se visse,não se mostrava...Eu creio que Dourdil andou por estes meandros da "secção de ouro" e da porta da harmonia...Desde a monumentalíssima e tão belamente ritmada composição, executada a têmpera na grande tradição do "fresco", (Café Império),até as pinturas bem menores ou simples desenhos, Dourdil foi ritualizando como uma espécie de "promenade" do espectáculo da vida com seres do acaso,"motards",jovens apaixonados,vagabundos,vultos; ou o outro lado da vida,a inteireza de um corpo de peixeira na sua ortogonalidade sensual, diiálogos sussurrados, de vendedeiras de mercado, belas como estátuas...
Nenhum destes corpos perde alguma vez a majestade da atitude,uma espécie de dignidade clássica que confere o respeito à representação. É este acerto,raro neste tempo em Portugal -só Almada o conseguiu- que surpreende e dá a toda a obra de Dourdil uma excepcional presença no contexto português.Luis Dourdil é, finalmente um admirável pintor do silencioso achamento da totalidade.
Fernando Azevedo Março de 2001 In Luis Dourdil-Exp. de Pintura e Desenho:Palácio Galveias
Nenhum destes corpos perde alguma vez a majestade da atitude,uma espécie de dignidade clássica que confere o respeito à representação. É este acerto,raro neste tempo em Portugal -só Almada o conseguiu- que surpreende e dá a toda a obra de Dourdil uma excepcional presença no contexto português.Luis Dourdil é, finalmente um admirável pintor do silencioso achamento da totalidade.
Fernando Azevedo Março de 2001 In Luis Dourdil-Exp. de Pintura e Desenho:Palácio Galveias
Luis Dourdil-Pintores Portugueses do Século XX e a análise da sua obra pelos críticos de arte
(...) Fomos amigos de longa data e de feliz convivência.Dourdil era alguém sem constrangimentos de convívio e o seu abraço ou fala ou modo de sorrir eram, tão imediatamente acolhedores!Modesto,quanto à criação da sua obra era um pintor que embora se visse,não se mostrava...Eu creio que Dourdil andou por estes meandros da "secção de ouro" e da porta da harmonia...Desde a monumentalíssima e tão belamente ritmada composição, executada a têmpera na grande tradição do "fresco", (Café Império),até as pinturas bem menores ou simples desenhos, Dourdil foi ritualizando como uma espécie de "promenade" do espectáculo da vida com seres do acaso,"motards",jovens apaixonados,vagabundos,vultos; ou o outro lado da vida,a inteireza de um corpo de peixeira na sua ortogonalidade sensual, diiálogos sussurrados, de vendedeiras de mercado, belas como estátuas...
Nenhum destes corpos perde alguma vez a majestade da atitude,uma espécie de dignidade clássica que confere o respeito à representação. É este acerto,raro neste tempo em Portugal -só Almada o conseguiu- que surpreende e dá a toda a obra de Dourdil uma excepcional presença no contexto português.Luis Dourdil é, finalmente um admirável pintor do silencioso achamento da totalidade.
Fernando Azevedo Março de 2001 In Luis Dourdil-Exp. de Pintura e Desenho:Palácio Galveias
Luis Dourdil-Pintores Portugueses do Século XX
" NUNCA FUI UM PAISAGISTA. PARTI SEMPRE DA FORMA REAL, MAS SÓ ME INTERESSEI DE FACTO PELA FIGURA HUMANA. PARECE QUE APENAS NELA ENCONTRO A BELEZA E A TRAGÉDIA, OU AS PARTES ARTICULÁVEIS DE UMA NOVA ORDEM, UM DINAMISMO INTERNO - A PINTURA, ANTES DE TUDO."
LUIS DOURDIL
O MEU PRESENTE FOI NO PASSADO O FUTURO DESEJADO"
Luis Dourdil 1986
“Uma tela não está pintada por estar toda“tintada”, está, sim, quando, compositivamente, as formas nela definidas pela cor pelo desenho se harmonizam entre si e exprimem o que o pintor nos quis comunicar"
LUIS DOURDIL
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