É na adolescência que Luís Dourdil inicia o seu trajecto plástico, sobretudo no desenho. Até aos 30 anos o desenho é a sua matriz – núcleo imaginativo das coisas e dos seres. A sua temática abrange as gentes anónimas do meio urbano, gentes da ribeira, gentes de Alfama, trabalhadores a preto e branco. O mundo dos humanos constitui o seu apelo.Nos anos 40, visita várias cidades da Europa e a sua visão emerge, plena de síntese, de acordo coma sua própria concepção plástica.Nos anos 50, época da maturidade, o pintor capta, definitivamente, os alicerces estruturais e estéticos do seu edifício plástico.O trabalho das tintas moldadas por um tratamento abstractizante expande-se em manchas, em toques, em planos e breves contrastes, na conjugação discreta mas sólida do mundo já visto e indiscutivelmente de novo dado a ver como facto redescoberto.A suavidade da cor, as sombras, as névoas, as geometrias cénicas.ANTONIO SEMIn O Século, 2 Fev.1989
Grande nome da pintura contemporânea.Pintor e desenhador figurativo abstractizante.Inicia o seu trajecto plástico no desenho e a sua temática foram gente anónima do meio urbano, Alfama, as peixeiras e trabalhadores a preto e branco.
quinta-feira, 3 de julho de 2014
LUIS DOURDIL - EXPOSIÇÃO HOMENAGEM
EXPOSIÇÃO - HOMENAGEM - LUIS DOURDIL
"Preciso de parar constantemente de pintar para poder proporcionar e receber as sugestões que o quadro me vai dando à medida que nele avanço"
Luis Dourdil
EXPOSIÇÃO - HOMENAGEM - LUIS DOURDIL
"Nunca fui um paisagista.Parti sempre da forma real,mas só me interessei de facto pela figura humana.Parece que apenas nela encontro a beleza e a tragédia,ou partes articuláveis de uma nova ordem,um dinamismo interno-a pintura,antes de tudo"
Luis Dourdil
LUIS DOURDIL - EXPOSIÇÃO HOMENAGEM
"Linhas sensíveis revelam o diálogo entre a mão e o olhar do pintor,na construção de um espaço que é sempre entendido através da sugestão da figura humana,em desenhos que valem por si mesmos,ou em pinturas de harmónicos valores luminosos"
Rui Mário Gonçalves in 100 Pintores Portugueses do Século XX Publ.Alfa
LUIS DOURDIL - EXPOSIÇÃO HOMENAGEM
Considerado um autor com uma linha pictórica extremamente personalizada, Luís Dourdil fixou nas suas telas, desenhos e Murais,acontecimentos artísticos e políticos de grande veemência.
António José Brás in Visão Abril 2001
DOURDIL - EXPOSIÇÃO HOMENAGEM
(...) Na pintura, um dos elementos fundamentais é a cor.
A relação formal entre as massas coloridas presentes em uma obra constitui sua estrutura básica, usando o olhar do espectador e propondo-lhe sensações de calor, frio, profundidade, sombra, entre outros.
Estas relações estão implícitas na maior parte das obras de Luís Dourdil.
Sente-se uma passagem perfeita dos primeiros aos últimos planos, e atinge-se o acordo entre a figura humana e a envolvência atmosférica numa harmonia tão íntima num equilíbrio tão justo, que deixa de ser necessário o contorno que individualiza a figura, para que seja amortecido o rigor do contacto entre o sólido e o fluído"...
Rui Mário Gonçalves In Luis Dourdil Pintura E Desenho/ Setembro de 1991.
A relação formal entre as massas coloridas presentes em uma obra constitui sua estrutura básica, usando o olhar do espectador e propondo-lhe sensações de calor, frio, profundidade, sombra, entre outros.
Estas relações estão implícitas na maior parte das obras de Luís Dourdil.
Sente-se uma passagem perfeita dos primeiros aos últimos planos, e atinge-se o acordo entre a figura humana e a envolvência atmosférica numa harmonia tão íntima num equilíbrio tão justo, que deixa de ser necessário o contorno que individualiza a figura, para que seja amortecido o rigor do contacto entre o sólido e o fluído"...
Rui Mário Gonçalves In Luis Dourdil Pintura E Desenho/ Setembro de 1991.
"Homem de castanho " ÓLEO S/TELA 112 X 72 de 1972
de Luís Dourdil
Inspirado na figura do alentejano com a sua samarra
VIDA E OBRA DE LUIS DOURDIL
"Desde a monumentalíssima e tão belamente ritmada composição, executada a têmpera na grande tradição do "fresco", (Café Império),até as pinturas bem menores ou simples desenhos, Dourdil foi ritualizando como uma espécie de "promenade" do espectáculo da vida com seres do acaso,"motards",jovens apaixonados,vagabundos,vultos; ou o outro lado da vida,a inteireza de um corpo de peixeira na sua ortogonalidade sensual, diálogossussurrados, de vendedeiras de mercado, belas como estátuas...Nenhum destes corpos perde alguma vez a majestade da atitude,uma espécie de dignidade clássica que confere o respeito à representação.É este acerto,raro neste tempo em Portugal -só Almada o conseguiu- que surpreende e dá a toda a obra de Dourdil uma excepcional presença no contexto português".
Fernando Azevedo Março de 2001
In Luis Dourdil-Exp. de Pintura e Desenho:Palácio Galveias
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